Depois de 21 dias detido, o presidente da Câmara Municipal do Funchal, regressou à Madeira. Em declarações aos jornalistas, logo à saída do aeroporto, felicitou o trabalho da Justiça, referindo que a demora na detenção tenha sido “maior do que o habitual”, mas assegurando que “foi o tempo necessário”
Pedro Calado, ex-presidente da câmara do Funchal
“Quero afastar-me de tudo o que é a vida política e partidária.” Foi com esta garantia que Pedro Calado chegou à Madeira ao começo da tarde deste sábado, após mais de 21 dias detido (25 fora a região autónoma) na sequência do processo que investiga suspeitas de corrupção. Aos jornalistas, à saída do aeroporto Cristiano Ronaldo, o ex-presidente da Câmara do Funchal, assegura que, por agora, vai dedicar-se “exclusivamente” à sua atividade profissional privada.
“Neste momento e daqui para frente não faço intenções de exercer qualquer cargo político ou público”, disse Pedro Calado. “Não me considero um político profissional, vou voltar à minha vida privada. Quero afastar-me de tudo o que é a vida política e partidária.” Questionado pela SIC Notícias sobre se já tinha trabalho assegurado, respondeu que ainda não.
O ex-autarca recusou entrar em detalhes sobre o processo mas felicitou a Justiça pelo forma como o processo correu, considerando que o tempo de detenção (21 dias) foi “excessivo”, mas “necessário”. “Estava tudo preparado para quatro ou cinco dias, depois foram 21”, disse. “Entendemos bem o trabalho desenvolvido pelo Ministério Público”, continuou, elogiando o “trabalho exemplar” do juiz. “Compete-nos apresentar a defesa e justificar aquilo de que fomos acusados. Foi um tempo excessivo, que nos custou, que foi o necessário, é o tempo da Justiça. Foi bom ter tempo para analisarem, para questionarem, houve tempo para esclarecimentos e houve um tempo de reflexão e depois houve o tempo de decisão. Depois de todo esse tempo que foram retiradas as conclusões, que já é todos reconhecido. Os processos não estão acabados, há outros esclarecimentos que vão ter de ser dados.”
“Estamos convictos de que não cometemos qualquer ilegalidade que consta naquela acusação”, disse. Pedro Calado deixou ainda a garantia que “nunca” vai tentar ter algum benefício com esta situação. Se for indemnizado pelos 21 dias de detenção, diz, “esse dinheiro será todo revertido e instituições de solidariedade social”.
A 24 de janeiro, a Polícia Judiciária (PJ) realizou cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias, sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.
Na sequência desta operação, a PJ deteve o então presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), que também já renunciou ao cargo, o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia.
Os três arguidos foram libertados na quarta-feira com termo de identidade e residência, três semanas após as detenções, por despacho do juiz de instrução criminal, que considerou não terem sido encontrados indícios da prática “de um qualquer crime”.
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