Independentemente da sua noção preconcebida sobre a Arábia Saudita como destino turístico, o país está prestes a passar por uma grande renovação.
Imagine Sindalah, por exemplo, um complexo 7 estrelas em uma ilha particular com três resorts ultraluxuosos, 38 restaurantes de alto padrão e várias marinas para superiates. Ou Qiddiya, uma cidade futurista com 600 mil habitantes surgindo do chão do deserto, dedicada a esportes eletrônicos e jogos. E que tal Trojena, uma estação de esqui de última geração construída acima do alto deserto? Ou no Mar Vermelho, onde a vasta paisagem aquática logo terá 50 resorts de luxo e 8.000 quartos de hotel espalhados por 22 ilhas em um arquipélago estilo Maldivas – abastecido inteiramente por energia eólica e solar?
Também está em andamento o “The Rig“, um parque temático de aventuras de US$ 5 bilhões construído em uma plataforma de petróleo no mar. Sem contar o fato da Arábia Saudita estar se posicionando como um importante destino de cruzeiros, com a Cruise Saudi tendo recentemente comprado um navio de US$ 300 milhões.
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Em todo o reino, novas estradas, aeroportos, campos de golfe e terminais de cruzeiros estão surgindo da areia. O mapa está literalmente sendo redesenhado em tempo real.
Essa aspiração parecia ainda mais absurda, dado que, em 2016, a Arábia Saudita ainda não havia aberto suas portas para os turistas de lazer internacionais. Na época, a viagem para o reino era quase inteiramente restrita a três tipos de pessoas: trabalhadores expatriados, aqueles com vistos de negócios e peregrinos religiosos visitando as cidades sagradas de Meca e Medina.
Então, em 2019, a Arábia Saudita anunciou que forneceria e-visas e vistos na chegada para visitantes de 49 países, incluindo o Brasil. Entre outras mudanças anunciadas na época, visitantes do sexo feminino estariam isentos de usar abaya (a tradicional e obrigatória vestimenta que cobre da cabeça aos pés) em lugares públicos, e seriam autorizadas a viajar sem um acompanhante masculino. Os turistas ainda seriam obrigados a se vestir de maneira modesta e Meca permaneceria fora dos limites para não muçulmanos.
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Desde que o país abriu ao mercado internacional de viagens, a velocidade e a abordagem de não poupar despesas em sua transformação surpreenderam até os analistas de turismo mais experientes. “Estamos vendo planos extremamente ambiciosos, enormes quantias de desenvolvimento”, diz Caroline Bremner, chefe de pesquisa de viagens e turismo da Euromonitor International. “Bilhões, eventualmente trilhões, de dólares estão sendo investidos em infraestrutura e na diversificação de sua economia”. O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) estimou que o reino já gastou US$ 800 bilhões, e isso não inclui as enormes quantias de investimentos estrangeiros que estão entrando.
A pandemia atrasou alguns projetos, é claro, mas em vez de reduzir as expectativas, os sauditas aumentaram sua meta para 150 milhões de visitantes anuais até 2030. Aqui é onde a semântica entra em jogo. Na terminologia do turismo, um “visitante” é definido como alguém que visita um local dentro do país, o que é muito diferente do que a Euromonitor considera uma “chegada”, alguém que faz uma estadia noturna – outras organizações às vezes chamam estes últimos de “turistas”. A Arábia Saudita teve mais de 24 milhões de chegadas estrangeiras em 2023 e receberá quase 37 milhões em 2030, segundo projeções da Euromonitor.
“Então, se cada um desses 37 milhões de turistas noturnos visitar três locais, você praticamente terá suas 100 milhões de visitas”, diz Bremner. “Em seguida, some a isso os turistas domésticos, e suas próprias metas são bastante alcançáveis”.
Uma medida mais significativa de sucesso é quanto os estrangeiros devem gastar enquanto estiverem na Arábia Saudita. A Euromonitor prevê que os turistas internacionais gastarão US$ 38 bilhões em 2030. Mas o impacto econômico total para o país será muito maior ao adicionar os gastos dos viajantes domésticos e o efeito cascata de um milhão de novos empregos no turismo. O WTTC projeta que, até 2032, o setor de turismo saudita poderia contribuir com quase US$ 169 bilhões para seu PIB, representando 17,1% da sua economia total.
“Eles estão construindo este destino praticamente do zero para o mercado internacional e estão trazendo os melhores dos melhores em termos de qualidade dos profissionais”, diz Bremner. “Posso ver que eles pensaram em cada aspecto do turismo, desde a equipe até o produto, a marca, o serviço, a conectividade, a sustentabilidade. Então, realmente parece que estão construindo algo para o próximo século”.
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