O presidente do Governo regional da Madeira foi constituído arguido por suspeitas de corrupção após buscas da Polícia Judiciária na sede do Governo regional. Miguel Albuquerque garantiu, durante a tarde, que não se iria demitir mesmo que fosse constituído arguido.
As buscas decorreram na Câmara Municipal do Funchal, bem como na residência de Miguel Albuquerque e em departamentos do Governo Regional.
Há suspeitas da prática dos crimes de corrupção, participação económica em negócio, prevaricação e violação de regras comunitárias.
Em causa está a venda de uma quinta de Miguel Albuquerque e adjudicações de obras públicas. A investigação teve início em 2019. Três inquéritos distintos debruçam-se sobre suspeitas desde 2015.
Em comunicado, a Polícia Judiciária confirmou três pessoas: o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e dois empresários do grupo de construção AFA (Avelino Farinha e Custódio Correia).
Os empresários já estão em Lisboa e o autarca do Funchal deverá chegar à capital esta quinta-feira.Os três detidos vão ser ouvidos no Tribunal Central de Investigação Criminal, em Lisboa, na próxima sexta-feira.
Em declarações aos jornalistas, pouco depois de ser conhecida a a notícia das buscas, Miguel Albuquerque dizia-se de “consciência tranquila”, garantindo que não se iria demitir mesmo que fosse constituído arguido.###1545802###”Eu não me vou demitir porque eu vou colaborar no esclarecimento da verdade”, disse o presidente do Governo regional, considerando que a abertura de um inquérito “não diminui os direitos de ninguém, nem diminui muito menos os direitos dos titulares de cargos políticos.
“Se eu for constituído arguido, é um estatuto que me é conferido para me defender”, acrescentou Albuquerque em declarações aos jornalistas, durante a tarde, na Quinta Vigia, sede da Presidência do Governo Regional, no Funchal.###1545803###Albuquerque diria ainda nada ter nada a ver com o negócio da venda de uma quinta de que era proprietário.
As suspeitas dos investigadores
Miguel Albuqerque e Pedro Calado estão a ser acusados de terem favorecido o grupo AFA, uma empresa de construções, que terá ganho praticamente todos os concursos na Madeira. A investigação acredita no envolvimento do grupo Savoy, que terá corrompido os suspeitos.
O presidente da Câmara do Funchal é ainda suspeito de ter beneficiado dos patrocínios destes grupos empresarias para correr como piloto de ralis.
Ao todo, foram realizadas cerca de 130 buscas no arquipélago e em vários pontos do continente. Estiveram envolvidos perto de 300 inspetores e peritos.
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