MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
Lisboa, 09 fev 2024 (Lusa) – O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou hoje que, se o seu partido perder as eleições legislativas ou não formar uma maioria, irá liderar a oposição, salientando que “não existe para suportar governos do PSD”.
“Se o PS ganha as eleições ou consegue formar uma maioria, governa. Se o PS perde as eleições e não consegue formar uma maioria, liderará a oposição”, declarou Pedro Nuno Santos no início do debate que o opôs ao co-porta-voz do Livre, Rui Tavares, na RTP1.
O líder socialista salientou que a sua posição sobre esta matéria “foi sempre a mesma” e acrescentou que o “pior serviço” que se faria à democracia era ter “uma governação com o PS e o PSD comprometidos com essa mesma governação, deixando a oposição, ou a liderança da oposição, para o Chega e a extrema-direita”.
“Isso não vai acontecer connosco”, afirmou.
Pedro Nuno Santos reiterou que “é praticamente impossível que o PS suporte um Governo do PSD”.
“Até porque a visão que nós temos da sociedade é distinta. O que está em causa nestas eleições é uma visão da sociedade, do estado social, do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que nos distancia profundamente”, referiu.
Pedro Nuno Santos defendeu que “é preciso respeitar as escolhas populares” e, “se o PS não for escolhido para liderar um Governo, o PS respeitará a decisão popular e estará na oposição a liderar a oposição”.
“Isso significa cumprirmos o nosso mandato e a relação de confiança que nós queremos construir com o eleitorado. O PS não existe para suportar governos do PSD. No entanto, nós não temos nenhuma perspetiva de que o PS não vá ganhar as eleições”, ressalvou.
Já interrogado sobre o que é que espera do PSD caso o PS ganhe as eleições mas não tenha maioria, o líder socialista respondeu: “O PS, se ganhar as eleições, procurará uma solução de Governo para governar”.
“Se nós não conseguirmos, não vamos conseguir governar, não vamos governar”, afirmou.
Já relativamente ao anúncio do PS/Açores de que não vai votar a favor do Programa de Governo da coligação PSD/CDS-PP/PPM na região autónoma, Pedro Nuno Santos considerou haver uma situação “de dois pesos e duas medidas” entre “a pressão” que se coloca ao PS quanto a uma eventual viabilização de um Governo minoritário e ao PSD.
Pedro Nuno Santos disse não se lembrar de, em 2020, “quando o PS nos Açores ganhou as eleições, ninguém ter pressionado o PSD/Açores a viabilizar um Governo do PS”, salientando que, nessa altura, o PSD/Açores, “escolheu governar com o apoio do Chega”.
“Teríamos esta situação fantástica, extraordinária para o PSD: o PSD quando perde as eleições, governa com o Chega. O PSD, quando ganha as eleições, está à espera que o PS suporte o Governo”, disse.
TA // PC
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