O consultor Luís Bernardo diz não ter qualquer ligação a Paulo Lima Carvalho, administrador da Global Media, esclarecendo que a sua empresa apenas está a trabalhar no grupo que detém o Jornal de Notícias, o Diário de Notícias, a TSF e O Jogo a convite da comissão executiva
Global Media: consultor Luís Bernardo diz que já não tem ligações a Sócrates e vai processar deputada Joana Mortágua
O consultor de comunicação Luís Bernardo negou em carta enviada ao presidente da Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto da Assembleia da República, Luís Graça, ter atualmente qualquer ligação ao ex-primeiro-ministro José Sócrates, ou ao administrador da Global Media Paulo Lima de Carvalho, que foi acusado de pressionar elementos da direção da TSF.
O nome de Luís Bernardo foi referido por Domingos Andrade, ex-diretor da TSF e também ex-administrador do grupo Global Media, na audição de 4 de janeiro na Assembleia da República e na sequência dessa intervenção a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua disse que iria chamar o consultor, que foi assessor de Sócrates, ao Parlamento para esclarecer o que “parece ser um jogo de ‘gangsters’ na entrada de capital em empresas deste país”.
Invocando “a falta de sentido material e formal das alegações políticas que fundaram o convite” para ir ao Parlamento, Luís Bernardo promete ir para os tribunais por causa dessas alegações. “A forte dimensão insultuosa das mesmas será objeto de ações cíveis e criminais nas instâncias próprias em defesa do meu bom nome e reputação”, afirma o consultor.
No esclarecimento tornado público, Luís Bernardo diz ter tomado conhecimento através de notícias publicadas em vários órgãos de comunicação social de que teria sido convidado para estar presente na comissão, que tem estado a proceder a uma série de audições no âmbito da situação que se vive na Global Media, mas refere “impossibilidade de agenda para realizar essa audição face ao término da atual legislatura”, por se encontrar “em trânsito entre viagens”.
Referiu no mesmo esclarecimento que “os pressupostos invocados para tal solicitação estão totalmente afastados da realidade e não têm qualquer sentido e fundamento”. “Manifesto a minha perplexidade e estranheza pela forma forçada e artificial com que o meu nome foi referido nessa comissão com base em pressupostos totalmente falsos e caluniosos para tentar sustentar uma ligação ao administrador Paulo Lima de Carvalho”, afirmou, negando ser acionista ou exercer qualquer função de administrador ou gestor na Global Media, que detém meios de comunicação social como o Diário de Notícias, Jornal de Notícias, TSF e O Jogo.
Paulo Lima de Carvalho “foi convidado pelo acionista Marco Galinha num processo de seleção e escolha a que fui totalmente alheio”, adianta. “Esse facto, que será certamente testemunhado pelos próprios, por si só, elimina todo o tipo de especulações sobre supostas ligações e segundas intenções invocadas para tentar sustentar a razão da sua entrada para a Global Media”.
“Apenas e só a empresa de que sou administrador executivo, a WLP, foi convidada pela atual comissão executiva, no âmbito de uma prestação de serviços de consultoria para apresentar um plano estratégico de futuro para o grupo num quadro de expansão para novos mercados e oportunidade de projetar as marcas, diferentes multiplataformas e potencial digital da Global Media”, acrescentou. Esse trabalho “ainda está em curso, nos prazos solicitados”.
Quanto às declarações de Joana Mortágua, refere que a deputada do Bloco de Esquerda, partindo das funções que ele exercia enquanto assessor do ex-primeiro-ministro José Sócrates, “qualifica e extrapola suspeitas em termos totalmente inaceitáveis”.
Luís Bernardo adiantou que nunca foi suspeito ou acusado em qualquer processo judicial, nem sequer ouvido como testemunha no âmbito do processo Marquês, que envolve José Sócrates.
O consultor fala numa “entorse da argumentação”, porque, apesar dos seus “cerca de 15 anos de atividades profissionais ligado ao Governo e trabalhando em gabinetes com António Guterres, Pedro Silva Pereira e Manuel Maria Carrilho, e também José Sócrates”, a declaração da deputada fez apenas referência a José Sócrates, “insinuando de forma falsa uma ligação ou proximidade que, há mais de uma década, não existe”, de acordo com o consultor.
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