Poucas histórias continentais são tão complexas, emocionantes e excepcionais como a da América. Seja antes da chegada dos conquistadores europeus, seja mais tarde na formação dos impérios coloniais que os seguiram, a América sempre foi uma vasta terra, em muitos aspectos, ainda virgem de qualquer presença humana. Sua história está repleta de conquistas, mas também de desenvolvimento e de grandes civilizações.
Mas como compreender a enorme bagagem histórica de uma terra outrora desligada das restantes culturas do planeta e, da noite para o dia, revelada como o “Novo Mundo”? As viagens de Colombo representam um antes e um depois óbvios na história do povo americano, o que torna difícil compreender o que era a América antes dos europeus. Sua “não chegada” continua sendo um dos “e se” mais interessantes da história.
Toda a história das Américas do Norte e Sul resumida em dois mapas fantásticos
(Imagem: Isabela Kronemberger/Unsplash)
Para entender mais facilmente, o canal EmperorTigerstar, no YouTube, dedicado a explorar a História por meio de mapas interativos, possui dois vídeos (de quatro minutos cada um) que explicam visualmente a evolução política da América. A primeira, dedicada à América do Norte, inicia-se no ano 700 a.C. com o surgimento da cultura maia e das primeiras cidades-estado mexicanas. E a partir daí, segue em frente.
Os vídeos ajudam a compreender o mar de incertezas em que navega o nosso conhecimento sobre a América pré-histórica. Não há evidências de registros escritos de uma grande maioria de civilizações que surgiram nas terras americanas há milhares de anos, o que deriva grande parte das descobertas da arqueologia. Portanto, as datas são geralmente aproximadas ou genéricas.
No canto direito da tela, podemos ver a legenda que mostra as cores que identificam quais povos estavam ocupando os territórios e o ano. Já no canto esquerdo, estão listadas as guerras que aconteciam no momento.
Mapa da América do Norte
No ano 250, grande parte do que hoje conhecemos como México tinha várias organizações políticas que estavam entre as primeiras civilizações do continente. Seu desenvolvimento é gradual. Durante os quinhentos anos seguintes, os maias coexistiriam com toda uma série de povos, como os toltecas, em torno da Península de Yucatán e das atuais terras do sul do México.
Somente na virada do milênio seria registrado o primeiro contato europeu com a América (os vikings, na Vinlândia), e até meados do século XV, quando surgiria o principal poder dominante econômico, político e militar na América do Norte até a chegada dos espanhóis: os astecas. O seu legado é imenso, embora a sua existência como figura política independente tenha sido curta: por volta de 1520, a colonização espanhola evaporou o Império Asteca.
A partir daqui, os acontecimentos acontecem rapidamente: por volta de 1600 o Império Espanhol conquistou todo o México e a América Central, entrou no norte da América do Sul e avançou em direção às atuais terras dos Estados Unidos. Nessa altura, algumas bolsas maias ainda resistiam dentro do vice-reinado, mas a colonização era um fenômeno imparável: Inglaterra, França e Países Baixos entraram em jogo logo depois.
Toda a história das Américas do Norte e Sul resumida em dois mapas fantásticos
Mapa da América do Norte em 1694 (Imagem: EmperorTigerstar/YouTube)
As guerras seguintes determinaram a ordem atual da América do Norte. Como resultado de todas elas, e da preeminência anglo-saxônica em grande parte do continente, os Estados Unidos emergiram em 1778, e o resto das nações norte-americanas a partir de 1800, em meio à decomposição de um moribundo Império Espanhol. O Império Mexicano herda grande parte de suas terras, ocupando parte da Califórnia, Arizona e Texas.
Os séculos XIX e XX certificam o mapa atual da América do Norte, com pequenos e singulares episódios de nações que já não existem, como Texas, Vermont, a República Federal da América Central e os Estados Confederados.
Mapa da América do Sul
A América do Sul segue caminhos semelhantes, embora o seu desenvolvimento nos anos pré-históricos seja mais amplo: há evidências de culturas tão variadas como chavín, nazca, moche ou o Império Tiwanaku nos longos anos que vão de 900 a.C. a 300 d.C. Mais tarde surgiriam outras culturas andinas como chimor ou o Império Wari, um testemunho da constante evolução política e social da América do Sul.
A partir do século XIV surge o Império de Cuzco, semente do todo-poderoso e determinante Império Inca que se seguiu. Os séculos anteriores à chegada dos conquistadores espanhóis atestam a sua ascensão imparável, especialmente a partir do século XV. Quando Francisco Pizarro chegou às terras controladas pelos incas, estas se estenderam ao longo da cordilheira dos Andes, num território que hoje incluiria parte do Peru, Bolívia e Chile.
O legado dos incas é gigantesco, como o dos astecas, e sua queda é igualmente rápida. As doenças e a violência pós-conquista dizimaram irremediavelmente as populações indígenas, facilitando a chegada e o subsequente controle dos europeus. A partir daí, a Espanha passou a controlar um gigantesco território que, ligado às suas possessões na América do Norte, tornou-o o maior império do seu tempo.
Toda a história das Américas do Norte e Sul resumida em dois mapas fantásticos
Império Inca na América do Sul em 1522, antes de ser dizimado pelos colonizadores espanhóis (Imagem: EmperorTigerstar/YouTube)
No início do século XIV, o território colonial espanhol estendia-se desde Buenos Aires até a atual Cidade do México, enquanto Portugal, graças ao Tratado de Tordesilhas, controlava as costas brasileiras. A breve união entre os dois durante o reinado de Filipe II até à independência portuguesa transformou o continente americano num monopólio prático dos hispânicos. Nos séculos seguintes, Espanha e Portugal avançaram no controle das terras ainda não colonizadas.
Tal como na América do Norte, a queda definitiva do Império Espanhol precipitou os acontecimentos de uma forma generalizada. O surgimento da infinidade de estados atuais, herdeiros em parte das antigas províncias coloniais, seria atormentado por conflitos internos, uniões hoje impensáveis e guerras de conquista contra as populações ainda nativas. No final do século, restaram poucos conflitos fronteiriços para combater e a América do Sul tomou a forma que tem hoje em dia.
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