"Não há nenhum erro da maioria absoluta que os partidos da direita não pretendam agravar": Mortágua ao ataque a Montenegro

Ao som de bombos e gaita de foles, a campanha do Bloco de Esquerda deu o pontapé de saída do período oficial de campanha em Viseu para falar de soluções para o interior e para a emigração jovem, com tempo para ataques a Montenegro (e ainda uma conversa sobre o “susto da renda” dos idosos por detrás da polémica)

“Não há nenhum erro da maioria absoluta que os partidos da direita não pretendam agravar”: Mortágua ao ataque a Montenegro

Maria Lisete, de 89 anos, e a família não foram os que fizeram a viagem mais longa, mas não quiseram deixar de estar presentes. Quando tiveram a oportunidade de conversar com a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, a viseense de 89 anos fez questão de puxar um tema que muita tinta tem feito correr – a “lei Cristas” que Mariana Mortágua mencionou no debate contra Luís Montenegro pelo “sobressalto” que tinha causado na avó – porque também a viseense “apanhou o susto da renda”.

“O senhorio não conhecia a minha casa e perguntou-me se podia ver. Viu tudo, de cima a baixo. Ora a casa está arranjadinha, mas tudo à minha custa. Já lá gastei muito dinheirinho e eles nunca lá gastaram cinco tostões”, reconta mais tarde ao Expresso. “Passados quinze dias, recebi uma carta a aumentar-me um balúrdio”. Com reforma de “400 e pouco” euros, a renda da casa numa “zona apetecível” do centro de Viseu passava a custar quase a pensão toda. “A advogada tratou das coisas e ficou tudo em águas de bacalhau até hoje, mas sempre com medo”, diz.

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