Candidato nas classes Elétrico do Ano e Desportivo/Lazer do Ano do Seguro Directo Carro do Ano / Troféu Volante de Cristal 2024.
Abarth 500e Cabrio
Este Abarth eléctrico (ou seja, uma versão desportiva do Fiat 600 a bateria recarregável na tomada que recupera uma marca lendária deste construtor) é o sonho de qualquer citadino com pouco tempo e muita pressa. Imaginemos que estamos em Sacavém e precisamos de estar na zona do Marquês de Pombal dali por 30 minutos, em plena hora de ponta. E que, para alem disso, ainda vai ser preciso encontrar um lugar para estacionar à porta do edifício pretendido. Missão impossível? Talvez não, se estivermos ao volante de um Abarth, de preferência cabrio, caso nos falte o ar com tanta emoção ou queiramos aproveitar alguns momentos de sol de inverno…
De facto, trata-se de um carro compacto, muito ágil e que, além do mais, é divertido de guiar (se quisermos, podemos pô-lo a fazer barulho sintético de motor). A velocidade máxima vem limitada de fábrica a 150 km/h o que não será propriamente um problema, nem na auto-estrada e muito menos na cidade. E, de facto, este carrinho despacha-se, esgueira-se por todo o lado e adapta-se de forma perfeita ao caótico trânsito citadino. Se o experimentarmos numa estradinha secundária (digamos entre Alverca, Bucelas e Cabeço de Montachique) também não ficaremos desiludidos com o desempenho. Curva na perfeição, não se atrapalha a recuperar e não há subida sinuosa que lhe meta medo. Reparos? Uma autonomia pouco maior que os 200 km e um preço acima dos € 40 mil.
FICHA TÉCNICA
Abarth 500e Turismo Cabrio
Cabrio, 2 portas, 4 lugares
Preço-base (€) 33317
PVP (€) Desde 41030
Motor eléctrico de ímanes permanentes e bateria de 42,2 kWh
Potência (cv) 155
Binário (Nm) 235
Velocidade máxima (km/h) 155
Aceleração (0-100 km/h em segundos) 7
Bagageira (l): 185; máx (com bancos rebatidos): 550
Comprimento/largura/altura (m) 3,67/1,68/1,52
Autonomia eléctrica combinada (WLTP) 255 km
Carregamento Normal (11 kW) 4h 15; rápido (85 kW, até 80%) 35 minutos
O ronco sintético do escorpião
Há uma coisa que, por motivos óbvios, os automóveis eléctricos não têm: o barulho do motor. Isso até levanta problemas de segurança, nomeadamente na cidade, por serem demasiado silenciosos e poderem surpreender os peões mais distraídos ou duros de ouvido. Daí o acrescento de assinaturas acústicas nalgumas viaturas deste tipo. Acresce que, para os carros com vocação desportiva. como é o caso do Abarth, faz falta o ronco do motor quando aceleramos. Nada que os engenheiros da marca não resolvam: pode-se ligar um barulho sintético e o carrinho passa a roncar que se farta, qual Ferrari. Até talvez demais…
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