Um grupo ativista de piratas informáticos da Bielorrússia garantiu hoje que se infiltrou na rede da principal agência de segurança do país, a KGB, e que acedeu a ficheiros pessoais de mais de 8.600 funcionários da organização.
Um grupo ativista de piratas informáticos da Bielorrússia garantiu hoje que se infiltrou na rede da principal agência de segurança do país, a KGB, e que acedeu a ficheiros pessoais de mais de 8.600 funcionários da organização.
As autoridades bielorrussas não comentaram a alegação, mas o site da KGB, que ainda usa a designação soviética, abria hoje com uma página em branco e apenas a indicação de estar “em programação”.
No sentido de confirmar a sua alegação, o grupo bielorrusso Cyber-Partisans publicou uma lista dos administradores do site, a sua base de dados e registos de servidor no seu canal no Telegram.
A coordenadora do grupo, Yuliana Shametavets, disse à agência Associated Press, de Nova Iorque, que o ataque à KGB “foi uma resposta” ao chefe da agência, Ivan Tertel, que esta semana acusou publicamente o grupo de estar a planear ataques a infraestruturas críticas do país, incluindo a uma central nuclear.
“A KGB está a conduzir a maior repressão política da história do país e deve responder por isso. Trabalhamos para salvar as vidas dos bielorrussos e não para destruí-los, como fazem os repressivos serviços especiais do país”, acusou Shametavets.
Na semana passada, os Cyber-Partisans disseram ter entrado nos computadores da maior fábrica de fertilizantes do país para pressionar o governo para libertar prisioneiros políticos.
A empresa estatal Grodno Azot não comentou a alegação, mas a sua página encontra-se indisponível desde 17 de abril.
A Bielorrússia, um aliado próximo da Rússia, foi abalada por protestos massivos após uma eleição controversa em 2020 que deu ao presidente autoritário Alexander Lukashenko o seu sexto mandato numa votação denunciada como fraudulenta pelo Ocidente e pela oposição.
As autoridades ripostaram com a detenção de mais de 35 mil pessoas e muitas figuras importantes da oposição foram condenadas a longas penas de prisão, enquanto outras exilaram-se no estrangeiro.
OS Cyber-Partisans levaram a cabo vários ataques em grande escala a meios de comunicação estatais bielorrussos nos últimos quatro anos e, em 2022, invadiram três vezes o sistema das ferrovias do país e assumiram o controlo dos seus semáforos e sistemas de controlo, paralisando o trânsito de equipamento militar russo para a frente de combate na Ucrânia através da Bielorrússia.
Leia Também: Coreia do Sul acusa regime norte-coreano de ataques informáticos à Defesa
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