habitação em Portugal
“Os preços da habitação continuaram a aumentar significativamente em Portugal, em contraste com a maioria dos outros países da UE”, avisa a Comissão Europeia num recente relatório de análise aprofundada às políticas do país. Apesar do crescimento ter abrandado, os preços “continuam sobrevalorizados”.
“De acordo com as estimativas da Comissão, a sobrevalorização dos preços da habitação aumentou para cerca de 30%, refletindo o forte crescimento nominal dos preços da habitação ao longo do último ano”, lê-se no documento. Para Bruxelas, este cenário reflete um “impacto negativo na acessibilidade da habitação, especialmente para os grupos vulneráveis”, além do aumento da sobrecarga com os custos da habitação.
Ainda assim, refere, e apesar do “forte aumento” dos preços da habitação e da sobrevalorização estimada nos últimos anos, “grande parte do investimento transfronteiriço em habitação atenua os riscos internos”.
“Ao longo dos anos, grande parte do financiamento relacionado com a compra de propriedades esteve ligada ao investimento direto estrangeiro ou à comercialização de propriedades residenciais no âmbito do turismo em expansão. Como resultado, uma parte do forte aumento dos preços da habitação não foi impulsionada por fatores internos e não está associada ao endividamento interno”, destaca o organismo.
A Comissão prevê que o crescimento dos preços da habitação se modere no curto prazo, sendo “improvável” uma descida acentuada nas avaliações da habitação.
“As taxas de juro permanecem elevadas, apesar dos recentes sinais de uma ligeira flexibilização das condições de financiamento. O aumento previsto do rendimento real das famílias deverá compensar parcialmente o impacto dos custos dos juros na acessibilidade da habitação, juntamente com as medidas governamentais adotadas em apoio às famílias vulneráveis”, acrescenta.
Comissão alerta para “elevada exposição” das famílias às taxas de juro variáveis
Outro risco identificado diz respeito à “elevada exposição” das famílias às taxas de juro variáveis, que aumenta “substancialmente” os encargos com juros. De acordo com a Comissão Europeia, “os empréstimos para aquisição de habitação representam quase 80% do volume total de empréstimos bancários às famílias”.
“O custo do financiamento para novos empréstimos para aquisição de habitação aumentou de um mínimo histórico de 0,8% no início de 2022 para acima de 4% no início de 2024. Apesar da diminuição acentuada da proporção de hipotecas com taxas de juro variáveis nos últimos anos, a maioria das hipotecas continuam ou com taxas de juro variáveis ou com taxas mistas, geralmente com taxa fixa por um período de um a cinco anos, passando depois para taxa variável”, refere.
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