Manifestação em Tel Aviv após morte de reféns 15/12/2023 REUTERS/Violeta Santos Moura
Por Maayan Lubell
JERUSALÉM (Reuters) – Três reféns israelenses mortos por engano na Faixa de Gaza pelas Forças Armadas de Israel estavam segurando uma bandeira branca, disse neste sábado uma autoridade militar, citando uma investigação inicial sobre o incidente que abalou o país.
Na sexta-feira, um soldado viu os reféns a dezenas de metros das forças israelenses em Shejaiya, uma região de intensos combates no norte da Faixa de Gaza, onde militantes do Hamas operam com trajes civis e usam táticas de disfarce, afirmou a autoridade.
“Eles estavam todos sem camisa e tinham um pau com um tecido branco. O soldado se sente ameaçado e abre fogo. Ele declara que são terroristas. Eles (forças israelenses) abrem fogo. Dois (reféns) são mortos imediatamente”, afirmou a autoridade a repórteres, por telefone.
O terceiro refém ficou ferido e voltou para um prédio próximo, onde pediu ajuda em Hebraico, afirmou a autoridade.
“Imediatamente, o comandante do batalhão dá uma ordem de cessar-fogo, mas há novamente outra salva de tiros contra o terceiro elemento, e ele também morre”, disse a autoridade. “Isso foi contra nossas regras de engajamento.”
Os militares israelenses identificaram na sexta-feira os três reféns mortos em Shejaiya, um subúrbio a oeste da cidade de Gaza. Eles são Yotam Haim e Alon Shamriz, sequestrados do kibutz Kfar Aza, e Samer Al-Talalka, feito como refém próximo ao kibutz Nir Am.
No dia 7 de outubro, militantes do Hamas invadiram cidades israelenses, matando 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns. Israel lançou então um contra-ataque, durante o qual autoridades de Gaza dizem ter morrido aproximadamente 19 mil pessoas.
Cerca de 300 pessoas foram ao funeral de Al-Talalka, de 25 anos, neste sábado, na cidade de Hura, no sul de Israel.
“Tínhamos tantas esperanças e expectativas de que ele voltasse para nós”, afirmou seu primo, Alaa Al-Talalka, à emissora pública israelense Kan. “Não vamos começar a apontar os dedos, quem é culpado e quem não é. Não é a hora. As famílias só estão pensando em como trazer os reféns de volta vivos. Este é o momento para pedir pelo fim da guerra.”
Mais de cem reféns permanecem em Gaza e incomunicáveis, apesar dos pedidos israelenses de que a Cruz Vermelha pudesse ter acesso a eles.
Mais de cem mulheres, crianças, adolescentes e estrangeiros foram soltos com base em um acordo feito no fim de novembro. Outros reféns foram declarados mortos pelas autoridades israelenses.
A notícia de que três deles tinham sido mortos pelas forças israelenses causou protestos à noite em frente à sede da Defesa de Israel, em Tel Aviv, onde famílias dos reféns devem emitir um comunicado neste sábado.
Um pai afirmou que, a cada dia que passa, as famílias imaginam se são elas que receberão notícias ruins. “Estamos em uma roleta russa. O governo de Israel precisa dominar a situação e trazer de volta os reféns”, disse Ruby Chen, cujo filho permanece na Faixa de Gaza.
(Reportagem adicional de Clodagh Kilcoyne em Hura)
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